Mereço uma medalhinha

segunda-feira, 20 de junho de 2016


Ando há um mês no ginásio, e ainda não postei nenhuma foto da ocorrência nas redes sociais com a #workhard

Orlando

segunda-feira, 13 de junho de 2016


Apanhou-me de surpresa, abalou-me um pouco, afinal, foram 50 inocentes.
Reparei no fim de contas que:

Quando em França morreram 12, #JesuisCharlie
Quando em Bruxelas morreram 32 #PrayforBrussels
Não morreu porra nenhuma na seleção nacional, #somostodosportugalronaldoesardinhasassadas,
Morreram 50 em Orlando, são gays, não ganham hashtag, fotos temporárias de perfil, nem um terço da atenção nas redes sociais.
Lógico.

Pai, Mãe, sou Gay

quinta-feira, 9 de junho de 2016


Sempre disse, e continuarei a dizer, que o armário é uma coisa muito relativa.
O meu, sempre foi um armário de vidro, com portas trancadas a medo, escondendo o que estava claramente à vista.

Com os anos foi ficando mais difícil tentar abrir as portas, cada vez mais perras e transparentes, desgastado pelo peso dos anos e das pequenas (e grandes) mentiras - brancas, cinzentas ou negras, todo um degradé de escapismo - que sempre imaginei ser a causa de um barulhento estilhaçar.

Com medo de me cortar, continuei lá dentro, escondido à vista de todos.

E depois, aconteceu tudo de forma muito rápida, sem metáforas ou subterfúgios.
Na minha cabeça ecoou
"Não precisas de continuar a mentir"
E não menti.
Encolhi-me e disse o que tinha escondido tantos anos, infrutiferamente.
Esperei pelo pior, todos os cenários negros que correram a minha cabeça ao longo destes anos.

O pai, ligeiramente desiludido, mas nada surpreso, diz de voz velada que família é família e não é por isto que vai deixar de o ser.
A mãe, sorridente, diz que não é parva nenhuma, e que só me quer feliz.

Limpas as lágrimas - as minhas, porque como boa drama queen que sou larguei um garrafão de àgua de luso - respirei fundo e reparei pela primeira vez o quão pequeno era o armário que me aprisionou todos estes anos.

Como coincidência cósmica, saí do armário justamente no mês do orgulho LGBT.
A vida tem destas coisas.

Nostalgia blogueira

segunda-feira, 6 de junho de 2016



Estava a dar uma limpeza à minha lista de leituras, por causa do pequeno contratempo com o blog do Ricardo, e acabei por reparar que a blogaysfera sofreu uma desbastadela (nada) simpática desde que dela comecei a fazer parte.
Desapareceram uma data de blogs, poeira cósmica, na rede.
Passo pelo meia noite e um quarto, pelo blog do Miguel Almeida, o Rúben,  ou pelo da bicha vai nua - que suponho que se tenha vestido nos entretantos - , entre tantos outros que se eclipsaram.
E embora já há algum tempo, nunca me tinha confrontado com essas pequenas percas, duma pequena "família" imaginária que se foi construindo.
Se tiverem vivos, vão dando notícias meninos.

Pedro e Lorenzo Take II

Verdade seja dita, é Sexy family e não Smart Well Informed Family, têm desculpa.

Hoje fui turista

sábado, 4 de junho de 2016



Porque euzinho também mereço.